A tendência não correta ao fim: o analfabetismo moral.
- gleidianadantas
- 19 de abr. de 2016
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Aristóteles traz para nós a figura de um homem que não respeita as regras morais, dessa forma, é reconhecido como um homem mal. Aristóteles diferencia cinco modos do ser vicioso:
o akolastos > à é o homem que visa apenas o prazer, comparado a uma criança indisciplinada.
o malakos > à um homem que procura fugir da dor a todo custo.
o theriotes > à é um animal, que só tem a forma humana, mas coloca-se fora dos padrões humanos.
o akrates > à é a pessoa que perde a razão pela raiva. Comete o mal, sabendo o que é certo e o que é errado.
O kakos > à trata-se da pessoa que voluntariamente adquiriu o hábito de vício agindo com excesso ou com falta a respeito dos prazeres e das paixões. Kakos diz respeito ao homem que está firmemente persuadido de que está fazendo o melhor, pela simples razão de que aprendeu errado, ou simplesmente não aprendeu.
O desejo bem direcionado é essencial para destacar a diferença entre o agente virtuoso e o malvado. As leis e normas são generalizações e estão postas, é o desejo direcionado pela razão prática que distingue o virtuoso do vicioso. O malvado é antes de tudo uma pessoa que não teve uma boa educação, que não aprendeu as normas sociais, que não é ciente quando certa ação é boa, nem que certa ação é ruim e deve ser evitada.
O homem perverso dirige-se intencionalmente aos vícios achando que está perseguindo o bem. Os malvados não apenas agem de forma moralmente reprovável, visto que não sabem dirigir corretamente seus próprios desejos, mas acham e estão sinceramente persuadidos de que estão agindo de modo moralmente correto. As pessoas perversas permanecem numa confusão mental que não lhes permite distinguir
o bem do mal. O malvado ignora as normas e os princípios fundamentais da moral, adquiridos pelo costume e pela educação e desconhece as normas e as leis da Cidade. Por essa falta de conhecimento ele é responsável, visto que todos os homens têm obrigação de conhecer o que devem fazer e aquilo de que devem abster-se. A ignorância própria do vicioso é o fruto de uma negligência e por essa negligência ele merece ser censurado.
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