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A VIRTUDE DA RAZÃO PRÁTICA

  • Foto do escritor: gleidianadantas
    gleidianadantas
  • 17 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

1-A ESSÊNCIA DA VIRTUDE MORAL:

A virtude implica a busca de um equilíbrio entre o “ sentir excessivo “ e a apatia . A mediana, ainda, deve ser aplicada não apenas as paixões, mas também às próprias ações , visto que o justo meio entre as emoções leva o homem à ação moderada, que é uma conseqüência das emoções: de modo análogo, também existe excesso, carência e um meio termo no que diz respeito as ações. Segundo Aristóteles, nem todas as paixões admitem um meio termo , visto que existem ações que são , em si mesmas vícios . Com efeito, certas ações implicam por seu próprio nome o caráter perverso dos atos. Por exemplo, a imprudência , a inveja, o roubo , o assassinato.


Essas emoções e ações são censuráveis, são( com efeito censuráveis porque, são perversas em si mesmas, e não é somente seu excesso ou falta que é condenado. Não é por conseguinte, jamais possível pôr-se na direita via quanto a elas, mas constituem sempre faltas). (ARISTÒTELES, EM II 6, 1107 a 12). A virtude é a busca da harmonia, ditada pela razão entre as emoções extremas: experimentar estes sentimentos no momento certo, em relação aos objetos certos e às pessoas certas e e maneira certa, é o meio termo e melhor, isso é característico da excelência.


Enfim, a virtude é uma disposição ligada á escolha deliberada, que consiste em uma mediedade relativa à nós , a qual é determinada por uma razão, isto é, como a determinaria o homem prudente. A virtude só pode ser considerada “perfeita” ou “completa”, quando o individuo passa satisfazer seus desejos a partir de razões. É necessário que o desejo seja bom e quem conhece e determina a bondade do desejo é a função excelente da razão prática.

2- A sabedoria prática e sua excelência:

O filósofo , procura saber o que é excelência da parte racional da alma que delibera sobre aquilo que pode ser diferente, utilizando um paralelo com a virtude da parte científica da alma. Visto que a virtude da parte científica prático da alma é procurar a verdade , todo esforço de Aristóteles vai consistir em mostrar o sentido que reveste a noção de verdade no caso do intelecto . A sabedoria prática phronesis consiste em saber dirigir corretamente a vida do homem, isto é , em saber deliberar corretamente sobre o que é bem ou mal para o homem.

Pierre Aubenque, entende que as virtudes morais são disposições práticas, adquiridas através da educação, concernentes à escolha dos fins das ações humanas, a virtude da parte intelectual da alma relacionada à função prática da razão, phronesis , é uma disposição prática concernente à regra de escolha ,mais particularmente correção do critério de escolha , finalmente a sabedoria prática é a virtude de bem deliberar acerca daquilo que é bom para o homem.

A sabedoria prática produz algum efeito , não como a arte da medicina produz a saúde, mas como as condições saudáveis são a causa da saúde é assim que a sabedoria filosófica produz a felicidade, pois sendo uma parte da excelência como um todo, por ser possuída, ou por ser usada , a sabedoria filosófica faz o homem feliz.

As virtudes são multíplices , mas quando uma pessoa possui a sabedoria possui também as outras virtudes , no caso de Aristóteles , quem possui a virtude dianoética , isto é a phronesis , possui todas as outras.

O VOLUNTÁRIO E O INVOLUNTÁRIO , PRÉVIA HARMONIA ENTRE A INCLINAÇÃO NATURAL E A RAZÃO PRÁTICA (CAP. 4)

1– A RACIONALIZAÇÃO DO DESEJO :

Segundo Aristóteles ,as ações escolhidas são frutos de uma opção voluntária , visto que ninguém escolhe involuntariamente , e só as ações voluntárias podem ser louvadas ou censuradas de modo a gerar virtude ou vicio . No texto aristotélico , os termos “ voluntários e involuntários’’, são utilizados como um sentido mais abrangente do que no nosso uso atual. O primeiro cuidado que é preciso ter com esses termos é o de não confundir a noção de voluntário com o conceito de vontade .

Sendo involuntária a ação realizada por força e por ignorância, o voluntário parece ser aquilo cujo principio reside no agente que conhece as circunstâncias particulares nas quais ocorre a ação. ( ARISTÒTELES, EN II 3 , 1111 a 20- 25).

LOGO:

AÇÃO VOLUNTÁRIA : O principio da ação está no agente; o agente conhece as circunstâncias em que a ação se desenvolve.

AÇÂO INVOLUNTÀRIA : Ou o príncipio da ação não está no agente ; ou o agente não conhece uma ou mais circunstâncias em que a ação se desenvolve.


 
 
 

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